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Nunca na história deste país um Blog de Blues Nacional reuniu tantos Mestres. rs
Em 2008, vou voltar com força total e trazer mais talentos do nosso Blues.
Obrigado e muito Blues e Paz para todos vocês.
Roberto Terremoto.
Site:
- Black Coffee
Veja e escute mais:
- Minas Blues Jam
- Hot Spot
TB: Escutei uma faixa do seu Cd, onde tem a participação do gaitista Oswaldo Moraes, o Cachorro Loiros. Além dele o CD conta com mais participações?
NN: "Puxa vida! Esse CD é uma grande festa, com a participação de amigos de diversas épocas, estilos musicais. Um lance muito legal. Essa faixa que o Cachorro gravou é uma versão de People Get Ready, do Rod Stewart, com a melodia tocada no baixo utilizando as técnicas de slap e double thumbing... Essa música é show de bola. Um grande meu (de música e de vida), o famoso Creck, me deu um CD de uma banda de uns amigos dele, chamada "Jazz que é Blues" que tinha essa música e eu adorei a roupagem que eles fizeram... inclusive, foi também ele que me apresentou o Cachorro Loiro, com quem tive o prazer de fazer algumas canjas com a Black Coffee em diversas ocasiões e sempre muito legais.
Além do Oswaldo, no Electricity tem a participação da Tatiana Maciel, ao piano, em uma música muito bonita chamada May Day, composição dela com o maestro americano Michael Bown.
Evandro Araújo, grande guitarrista de blues gravou guitarra em Affliction, People Get Ready, You're Wellcome. Fernando Bonfá: beat-box, Thiago Martins: violão.
As composições são minhas, do Max Perinéu (baixista argentino), Michael Bown, Rebecca Wilkie, Tatiana Maciel, Thiago Martins.
As regravações são: Um a Zero (Pixinghuinha), People Get Ready (Rod Stewart), Samba 88 (Carrie Allynson). Uma das faixas foi gravada ao vivo com meu quarteto atual, Quarteto Jazzy, com Zafe Costa (sax), Wagner Ramos (drums), Vinicius Gomes (guitarra) e Abelita Brandão (piano)."
TB: Quando o seu trabalho fica pronto?
NN: "Já estaria pronto, mas sempre dá vontade de mudar alguma coisa, ou acrescentar. Essa coisa de fazer arranjo é uma loucura. Agora falta pouco, estou concluindo a gravação do Samba 88, que vai ter uma participação especial do Thiago Espírito Santo, no baixo... engraçado é que estou trabalhando essa faixa em meu disco e o Quarteto Jazzy foi contratado para fazer uma trilha para uma produtora, mostrei esse tema e eles adoraram, então ao mesmo tempo estou gravando essa mesma música com uma roupagem completamente diferente.
Além disso, recebi um mp3 de uma música chamada Alma Desnuda e fiquei apaixonado. Estou em contato com o autor e se ele permitir e chegarmos a um acordo certamente essa música fará parte do CD, com um arranjo mais voltado para o contrabaixo.
Devo esperar o carnaval passar pra lançar o disco, assim aproveito que o país todo fica meio paradão pra mixar as faixas. A demora se dá porque além de músico eu trabalho na área de eventos, na indústria farmacêutica."
TB: Fora o CD, quais são seus outros projetos?
NN: "Desliguei-me agora no segundo semestre da banda de música instrumental do SESC Vila Mariana. Estou me dedicando aos projetos com o Quarteto Jazzy, que requer um grande tempo de estudo, já que tocamos versões instrumentais de standards do jazz, blues e bossa nova com muito improviso.
Além da temporada de shows no Crowne Plaza, que vai até o fim desse ano, estamos começando a gravar as músicas que farão parte da trilha 2008 de uma loja aqui no Brasil. Além disso, tenho uma rotina diária de estudos, que envolve teoria, técnica, leitura, métodos para baixo fretless, fretted, acústico com pizzicato e com arco... Esse tempo de estudo é sagrado e quando mais estudo mais coisa aparece para aprender...rs
Atualmente tenho estudado um material do guitarrista Vinicius Gomes, do quarteto de jazz que eu toco, tem sido uma grande influência."
TB: No evento Blues pela vida, além de você tocar com a Black Coffee, você tocou com o Sergio Duarte & Entidade Joe. Mesmo sem saber o repertório e as convenções você foi incrível. Como você consegue se adaptar e interagir em um momento desses?
Bebezon: "Fazer uma substituição as vezes são coisas que acontecem de vez em quando no nosso meio, e na maioria das vezes é como aconteceu nesse dia, que fiquei sabendo que ia tocar com eles pouco antes do show começar. Nesse dia eu tive até um pouco de sorte, pois só fizemos alguns blues na forma tradicional, ou seja, com a harmonia no I-IV-V, daí tive que ficar atento com as dinâmicas e com as convenções. Nessas horas é bom deixar o piloto automático ligado fazendo o groove bem simples, e prestar atenção no resto da banda."
TB: Hoje você vive de música? Quais são as dificuldades e vantagens de ser músico em tempo integral?
Bebezon: "Vida de músico no Brasil é como viver de qualquer outra coisa no Brasil, apesar de às vezes algumas pessoas terem preconceito ou até mesmo inocência de achar que não dá pra viver só trabalhando com música. É preciso se dedicar muito e fazer algumas escolhas que não são fáceis para montar uma carreira próspera nesse meio.
TB: Gostei muito da linha das guitarras, escuto muitas bandas que tem dois guitarristas, e quando as duas estão fazendo a harmonia da música, uma guitarra choca com a outra. O que vocês fazem pra isso não ocorrer?
Veja e escute mais:
- Trama Virtual
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TB: Não é fácil ter uma banda de blues no Brasil. Quais são suas maiores dificuldades para manter seu projeto?
ML: "A maior dificuldade é encontrar lugares que abram portas para o estilo, pra gente que está em Santa Catarina é pior ainda. Hoje em dia me parece que piorou pois a mídia ignora a produção de blues no Brasil. Mas continuamos “teimando’ rsss..."
TB: Muito obrigado por sua ajuda, deixo aqui um espaço para seus comentários finais.
ML: "Eu é que agradeço e lhe parabenizo pela iniciativa da criação do blog e pelo o espaço que abre para os artistas de blues.
Escute mais:
- Garbage Truck