Das encruzilhadas do Paraná, trago para o Blog um Bluesman de talento incontestável, Décio Caetano.
Dono de uma voz característica ao estilo, frases de slide poderosas e a emoção que é passada pelos seus solos, mostram porque este músico está a caminho do seu quinto CD.
Se não bastasse tudo isso, esse cara é muito bacana e tem muitas histórias boas para contar.
Dono de uma voz característica ao estilo, frases de slide poderosas e a emoção que é passada pelos seus solos, mostram porque este músico está a caminho do seu quinto CD.
Se não bastasse tudo isso, esse cara é muito bacana e tem muitas histórias boas para contar.
TB: Como você começou no Blues?
DC: “Bom foi muito engraçado, eu estava indo para casa de uma namoradinha que eu tinha em Ribeirão Preto, peguei o ônibus de Curitiba a Sampa, e quando eu cheguei em Sampa na estação tiete era quase meia noite e perdi o buss para Ribeirão,dae os caras me falaram para eu pegar para Campinas que se o buss não atrasasse eu conseguiria um buss até Ribeirão,enfim perdi todos,heeheheh dae quando eu cheguei em Campinas,fiquei ate as 6 da matina,cheguei no guichê e perguntei: “E ai? Que horas tem buss para Ribeirão”, eles me falaram só às 5 da tarde eu disse: “afff”, dai o figura lá do guichê me disse: “Mas se você quiser pode pegar um trem,que sai agora para lá,e chega as 5”,eu disse: “Massa fecho.”.
Eu tinha 15 anos de idade, quando entrei no trem e tinha uma galera, tocando gaita violão, e fazendo um som muito doido,dae os caras logo de cara me falaram assim: “ow bicho,você também vai para o festival de blues em Ribeirão Preto? “, eu disse: “Blues? O que é isso?” heheheeheh, dae eles colocaram um fone no meu ouvido e pela primeira vez ouvi Muddy Waters,e bicho,desde a primeira nota ate agora,bateu forte firme e colocado,foi como se eu tivesse tomado uma dose cavalar de qualquer droga sei lá,desde então nunca mais fui o mesmo,descobri q o blues era parte de min assim como meu braço,perna.”
TB: Pude notar que você usa guitarras semi-acústicas. O que você busca no seu som? Você já encontrou o seu timbre?
DC: “Cara sou pirado por sons de semi-acústicas e telecasters,minhas maiores influencias,são Robert Johnson, Son House, Albert Collins, Freed King , BB King e T. Bone Walker, acredito assim, independente do instrumento que eu use, meu fraseado e timbre vão ser característicos, mas todavia,meus timbres prediletos são de telecasters e de semi-acústicas,os timbres que eu busco são sempre mais gordos mas encorpados com características do blues de Chicago e West Coast blues.”
TB: Você fez shows pela Argentina, como foi tocar por lá? A infra-estrutura é boa?
DC: “Cara foi muito bom tocar na Argentina o povo e receptivo e adoram blues. Fui muito bem recebido por Mariano Cabreira(harmonica), que me acompanhou em todos os shows, Danny Wood Sipos e Gabriel Gratzer, embaixador do blues na América do Sul.
Bom em Buenos Aires a infra-estrutura foi muito boa, o teatro era bem vintage, os equipamentos muito bons, muito legal.
Em Mar Del Plata já foi um pouco diferente, a estrutura de lá não era tão legal, era um Pub, mas o publico alucinante. Estava fazendo um frio de 5 graus maluco, muita chuva tempestade fiquei cabreiro, pensei assim: “não vai dar ninguém”, e o bar lotou. Heheheheh
E em Barcarcere a infra-estrutura era bem melhor. A Argentina tem os guerreiros do blues, tem boa infra-estrutura sim, mas com algumas falhas na organização como em todos os lugares, posso dizer assim em Buenos Aires, produção 10, Mar Del Plata 7 e Barcarcer 10, mas independente disso, digo a todos os músicos de blues do Brasil, se tiverem convites para ir a Argentina,vão, pois lá,a atmosfera e ducaraio, o blues soa diferente,daqui e ha muito respeito por parte dos argentinos,em relação a nos músicos de blues brasileiros.”
TB: Você está preparando seu quinto álbum. O que você vai trazer de novidades para este trabalho? Você já gravou alguma música em português?
DC: “Bom nesse quinto álbum, Take the train for the next station, que sairá nesse próximo ano de 2008, estou com novas composições e com levadas das quais eu sempre quis fazer, como Dont Cry um blues funk, Take the train um boogie e entre outras, valorizar muito a influencia dos meus mestres, que tem levadas de blues funk, baladas, boogie e até pitadas de rock and roll dos anos 50.
Blues em português? Bom tenho uma única música, da qual eu pretendo gravar sim,pois soa muito bem, na verdade tenho muita preocupação com isso, pois na minha cabeça, o blues só funciona em lingua inglesa, mas essa musica esta muito boa,eu compus ela em meados de julho, para minha garota e todos os que ouviram,amaram, e essa musica sim pretendo gravar, mas fora isso não penso em gravar em português.”
DC: “Bom foi muito engraçado, eu estava indo para casa de uma namoradinha que eu tinha em Ribeirão Preto, peguei o ônibus de Curitiba a Sampa, e quando eu cheguei em Sampa na estação tiete era quase meia noite e perdi o buss para Ribeirão,dae os caras me falaram para eu pegar para Campinas que se o buss não atrasasse eu conseguiria um buss até Ribeirão,enfim perdi todos,heeheheh dae quando eu cheguei em Campinas,fiquei ate as 6 da matina,cheguei no guichê e perguntei: “E ai? Que horas tem buss para Ribeirão”, eles me falaram só às 5 da tarde eu disse: “afff”, dai o figura lá do guichê me disse: “Mas se você quiser pode pegar um trem,que sai agora para lá,e chega as 5”,eu disse: “Massa fecho.”.
Eu tinha 15 anos de idade, quando entrei no trem e tinha uma galera, tocando gaita violão, e fazendo um som muito doido,dae os caras logo de cara me falaram assim: “ow bicho,você também vai para o festival de blues em Ribeirão Preto? “, eu disse: “Blues? O que é isso?” heheheeheh, dae eles colocaram um fone no meu ouvido e pela primeira vez ouvi Muddy Waters,e bicho,desde a primeira nota ate agora,bateu forte firme e colocado,foi como se eu tivesse tomado uma dose cavalar de qualquer droga sei lá,desde então nunca mais fui o mesmo,descobri q o blues era parte de min assim como meu braço,perna.”
TB: Pude notar que você usa guitarras semi-acústicas. O que você busca no seu som? Você já encontrou o seu timbre?
DC: “Cara sou pirado por sons de semi-acústicas e telecasters,minhas maiores influencias,são Robert Johnson, Son House, Albert Collins, Freed King , BB King e T. Bone Walker, acredito assim, independente do instrumento que eu use, meu fraseado e timbre vão ser característicos, mas todavia,meus timbres prediletos são de telecasters e de semi-acústicas,os timbres que eu busco são sempre mais gordos mas encorpados com características do blues de Chicago e West Coast blues.”
TB: Você fez shows pela Argentina, como foi tocar por lá? A infra-estrutura é boa?
DC: “Cara foi muito bom tocar na Argentina o povo e receptivo e adoram blues. Fui muito bem recebido por Mariano Cabreira(harmonica), que me acompanhou em todos os shows, Danny Wood Sipos e Gabriel Gratzer, embaixador do blues na América do Sul.
Bom em Buenos Aires a infra-estrutura foi muito boa, o teatro era bem vintage, os equipamentos muito bons, muito legal.
Em Mar Del Plata já foi um pouco diferente, a estrutura de lá não era tão legal, era um Pub, mas o publico alucinante. Estava fazendo um frio de 5 graus maluco, muita chuva tempestade fiquei cabreiro, pensei assim: “não vai dar ninguém”, e o bar lotou. Heheheheh
E em Barcarcere a infra-estrutura era bem melhor. A Argentina tem os guerreiros do blues, tem boa infra-estrutura sim, mas com algumas falhas na organização como em todos os lugares, posso dizer assim em Buenos Aires, produção 10, Mar Del Plata 7 e Barcarcer 10, mas independente disso, digo a todos os músicos de blues do Brasil, se tiverem convites para ir a Argentina,vão, pois lá,a atmosfera e ducaraio, o blues soa diferente,daqui e ha muito respeito por parte dos argentinos,em relação a nos músicos de blues brasileiros.”
TB: Você está preparando seu quinto álbum. O que você vai trazer de novidades para este trabalho? Você já gravou alguma música em português?
DC: “Bom nesse quinto álbum, Take the train for the next station, que sairá nesse próximo ano de 2008, estou com novas composições e com levadas das quais eu sempre quis fazer, como Dont Cry um blues funk, Take the train um boogie e entre outras, valorizar muito a influencia dos meus mestres, que tem levadas de blues funk, baladas, boogie e até pitadas de rock and roll dos anos 50.
Blues em português? Bom tenho uma única música, da qual eu pretendo gravar sim,pois soa muito bem, na verdade tenho muita preocupação com isso, pois na minha cabeça, o blues só funciona em lingua inglesa, mas essa musica esta muito boa,eu compus ela em meados de julho, para minha garota e todos os que ouviram,amaram, e essa musica sim pretendo gravar, mas fora isso não penso em gravar em português.”
(Décio e Robson Fernades)
TB: Sua Banda é simplesmente perfeita, e quando escutei seu CD fiquei admirado com a interação entre seus músicos. Como você escolhe os integrantes da sua Banda? Há quanto tempo você toca com eles?
DC: “Bom eu sou um cara muito abençoado, a galera que toca comigo é da pesada. Eles curtem meu som e meus mestres também.
Quando gravei I Can`t Stop em 2006, consegui juntar uma galera da pesada, como Edu Mella, que toca baixo e guitar, atualmente é o meu Bass. Somos amigos desde os 12 anos de idade, começamos a tocar juntos e todos os que gravaram comigo, Marcos(trumpet), Raule(trombone), Israel (sax), Graciliano e Michael(druns), foram a galera que começou a tocar comigo em Curitiba, hoje minha banda melhorou muito,100%. Hoje fazemos mais shows em quarteto, por causa da grana, mas sempre que pinta um bom show coloco todos para tocar,e ahhh tive a felicidade de ter no meu album a participação mais do q especial de dois grandes amigos de sampa, Adriano Grineberg e André Christovan.
Cara a escolha não foi fácil, os caras tocam muito bem, e amam blues,dae só alegria heehehehe.”
TB: Décio fico muito feliz de ter você nas páginas do meu Blog. Deixo aqui um espaço para seus comentários finais.
DC: “Pô Roberto, fico feliz em saber que existe pessoas como você que ajudam a divulgar o blues em nossa nação, e mais ainda de poder conhecer tanta gente talentosa e que esta na batalha, mas que tem muito o que dizer, digo a você e aos meus amigos do blues, que muita coisa boa vai rolar para gente,seja em 2008, 2009, seja quando for, o blues no Brasil esta tomando corpo,apesar de todos os problemas de divulgação,de agenda de shows ,creio eu , que nós músicos de blues brasileiros vamos tomar nosso espaço,assim como nossos pais, André, Nuno, Flavio Guimarãse e etc.
O sol vai brilhar para todos nós, muita paz para todos, muita luz, muito som, muito blues e que DEUS abençoe a todos nos!!!”
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5 comentários:
É isso ai Roberto, mais um exelente talento, gostaria muito de ver o blues em portugues que ele fez, parabens
Bem, quando criança o cara ouvia ac/dc e até me presenteou com um vinil (que mais tarde tomou de volta). Fiquei admirado em saber que
àquele garotinho ouvia som da pesada. E tá ai o resultado, desde novo sempre teve boas influências musicais e bom gosto..
Muito legal a entrevista Roberto!
Só uma correção: é Son House, não Sam.
Caio,
Obrigado por ler o Blog e ajudar tmb.
Paz e Blues
Ouvi o Decio pela primeira vez no CD The Blues Sisters onde se aproveita bem a sua guitarra. Dai ouvi ao vivo várias vezes no John Bull e no CD I Can't Stop que tem musica ao nível dos grandes mestres como a própria I Can't Stop!!E nos orgulha com o enorme sucesso que esta fazendo no Rio Grande do Sul onde é celeiro de excelentes Bluesmans e portanto é público exigente!!
Tomara que continue sempre em Curitiba!!
Mickbluesman
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