Este é o primeiro artigo sobre um instrumento que é característico no Blues, a gaita, e por isso trago um Mestre, que além do fato de dominar também inova na sua forma de tocar.
Leandro Ferrari é um músico Mineiro que tem em suas características a utilização da gaita diatônica no formato Harmônica Synth, que consiste na alteração de seu timbre característico por novas texturas, através de filtros e pedais normalmente utilizados por guitarristas. Além disso, ele é uma pessoa simples e que veio ao Blog passar um pouco de sua experiência para todos nós.
Leandro Ferrari é um músico Mineiro que tem em suas características a utilização da gaita diatônica no formato Harmônica Synth, que consiste na alteração de seu timbre característico por novas texturas, através de filtros e pedais normalmente utilizados por guitarristas. Além disso, ele é uma pessoa simples e que veio ao Blog passar um pouco de sua experiência para todos nós.
TB: Você não está limitado apenas ao Blues, o Rock, Dub, Hip Hop e o Rock Eletrônico também fazem parte do seu estilo musical. Como é tocar gaita nesses estilos e qual deles é o mais complexo?
LF: "Realmente tenho transitado em outras praias e acho importante para a popularização da gaita, mas penso Blues quando vou tocar qualquer outro estilo. É minha grande influência musical e pra mim é o mais complexo. A arte de tocar Blues requer sentimento além de técnica. E técnica se aprende na escola mas sentir as coisas se aprende com a vida. Então sigo os passos do mestre Miles Davis e penso Blues."
TB: O seu timbre é composto por vários efeitos de pedais. Quais efeitos você usa?
LF: "Uso um cabeçote Victory Head Serrano Amps com uma caixa 2X12, meu mic é um Eletrovoice 630. Usei na gravação do ultimo cd, Moogfoogers Low Pass, Ring Modulator, Stage Phaser e Murf, Blues Driver Boss, Fuzz Factory Zvex, DL4 Line 6 (Delay), Pog (Octave Polifônico), Whammy II, Swell Flanger Ibanez, Rotomachine Line 6, FVH500 Volume Boss e um POD XT. Na estrada uso muitas vezes o Victory Head, POD XT LIVE, pedal de expressão e Whammy II. Tenho alguns trabalhos onde também uso gaitas limpas mas com alguns truques de estúdio para não perder o costume!"
TB: Quais as maiores dificuldades de ser gaitista no Brasil?
LF: "As dificuldades de ser gaitista no Brasil são as mesmas de qualquer outro instrumentista, pouco espaço e incentivo para trabalhar com dignidade e uma legislação antiquada e inoperante que acaba não protegendo e profissionalizando os músicos. Uma tardia popularização da gaita no Brasil também dificulta um pouco, mas pelo menos neste sentido isto vem evoluindo bastante nos últimos anos e hoje já podemos contar com o apoio de alguns meios de comunicação e divulgação de empresas como a Bends, fabricante de gaitas."
TB: O seu projeto Leandro Ferrary y Compadres tem sons diferentes e muito bem feitos, gostaria de saber um pouco mais desse projeto. Você tem mais projetos fora esse?
LF: "O projeto Compadres foi criado inicialmente porque eu estava sem banda, e queria experimentar novas texturas em novos sons e aí me juntei ao MC Cubanito de Havana/Cuba (da banda BLACK SONORA), O raggamufin Pow MX (Lealsoundsystem), o baterista Glauco Nastácia (Tianastácia) e ainda contamos com vários colaboradores dentre eles: Rafael Carneiro (Paralaxe) e MC Diamondog de Angola. Tudo sobre a supervisão de Augusto Nogueira. Como vocês podem notar é um projeto e todos fazem parte de consagradas bandas mineiras. Mas tínhamos algo em comum que era à vontade de fazer esse som. Aí montamos o trabalho Leandro Ferrari y Compadres.
LF: "Realmente tenho transitado em outras praias e acho importante para a popularização da gaita, mas penso Blues quando vou tocar qualquer outro estilo. É minha grande influência musical e pra mim é o mais complexo. A arte de tocar Blues requer sentimento além de técnica. E técnica se aprende na escola mas sentir as coisas se aprende com a vida. Então sigo os passos do mestre Miles Davis e penso Blues."
TB: O seu timbre é composto por vários efeitos de pedais. Quais efeitos você usa?
LF: "Uso um cabeçote Victory Head Serrano Amps com uma caixa 2X12, meu mic é um Eletrovoice 630. Usei na gravação do ultimo cd, Moogfoogers Low Pass, Ring Modulator, Stage Phaser e Murf, Blues Driver Boss, Fuzz Factory Zvex, DL4 Line 6 (Delay), Pog (Octave Polifônico), Whammy II, Swell Flanger Ibanez, Rotomachine Line 6, FVH500 Volume Boss e um POD XT. Na estrada uso muitas vezes o Victory Head, POD XT LIVE, pedal de expressão e Whammy II. Tenho alguns trabalhos onde também uso gaitas limpas mas com alguns truques de estúdio para não perder o costume!"
TB: Quais as maiores dificuldades de ser gaitista no Brasil?
LF: "As dificuldades de ser gaitista no Brasil são as mesmas de qualquer outro instrumentista, pouco espaço e incentivo para trabalhar com dignidade e uma legislação antiquada e inoperante que acaba não protegendo e profissionalizando os músicos. Uma tardia popularização da gaita no Brasil também dificulta um pouco, mas pelo menos neste sentido isto vem evoluindo bastante nos últimos anos e hoje já podemos contar com o apoio de alguns meios de comunicação e divulgação de empresas como a Bends, fabricante de gaitas."
TB: O seu projeto Leandro Ferrary y Compadres tem sons diferentes e muito bem feitos, gostaria de saber um pouco mais desse projeto. Você tem mais projetos fora esse?
LF: "O projeto Compadres foi criado inicialmente porque eu estava sem banda, e queria experimentar novas texturas em novos sons e aí me juntei ao MC Cubanito de Havana/Cuba (da banda BLACK SONORA), O raggamufin Pow MX (Lealsoundsystem), o baterista Glauco Nastácia (Tianastácia) e ainda contamos com vários colaboradores dentre eles: Rafael Carneiro (Paralaxe) e MC Diamondog de Angola. Tudo sobre a supervisão de Augusto Nogueira. Como vocês podem notar é um projeto e todos fazem parte de consagradas bandas mineiras. Mas tínhamos algo em comum que era à vontade de fazer esse som. Aí montamos o trabalho Leandro Ferrari y Compadres.
Mas é um compromisso diferente do que temos com nossos outros trabalhos, é um projeto que necessita de estrutura para ser bem executado e a principio se resume a um CD. Pretendemos continuar o projeto já que as pessoas têm baixado bastante nossas músicas o que nos deixa bem entusiasmados. Faremos alguns shows quando tivermos agenda livre e for interessante para o projeto. Este ano (2008) lançamos o single Sk8 Dub que pode ser ouvido no MySpace além de outras faixas de nosso primeiro cd lançado em 2006.
É possível também baixar outros trabalhos anteriores ao Compadres aqui. Para este ano está previsto para junho o Minas Harp VI / Encontro de Gaitistas, festival que organizo desde 2001 em BH e shows com a Banda Hot Spot e a cantora americana Rodica. No segundo semestre lançarei um novo show que estou ensaiando agora."
TB: Ferrari, muito obrigado por sua participação, deixo aqui um espaço para seus comentários finais.
LF: "Então aí vai um toque para os futuros gaitistas, primeiro levem muito a sério este instrumento. Procurem estar sempre perto de bons músicos, ouvir sempre bons gaitistas, procurar a melhor referência possível. Hoje já existem bons métodos e vídeo aulas que podem ajudar, mas sempre que possível façam algumas aulas com um bom professor nem que você tenha que fazer uma viagem, ou aulas pela net, por que não?! E se não der procure auxilio, bons blogs e sites estão ai pra te ajudar. Tente da melhor forma possível fazer com que a harmônica seja um instrumento respeitado e a profissão de músico também."
3 comentários:
Mais uma boa pedida Roberto
Alem de ser um exelente gaitista, tem uma levada totalmente diferente futurista, muito bom o Lendro
muito bom o cara, hein ?
é isso ai, pra quem pensa que gaita é um instrumento de menor valor...
Fala Robertao.
Otimo trabalho!!!!
Po nao sabia que vc tinha esse blog...heheh
O Ferrari eh um grande cara mesmo e soh podia sair grandes ideias e boa musica.
Melk.
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