quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

Na Estrada do RockaBilly com Joanatan Richard

Caruaru nos presenteou com um músico que nasceu para fazer diferença, e para nossa sorte,  o Blog Terremoto Blues tem o prazer de trazer uma entrevista muito bacana com um Pernambucano incrível.

Dono de uma voz marcante e uma técnica de guitarra, que passeia entre o Blues e o Rockabilly, Joanatan Richard nos conta um pouquinho de sua trajetória musical.



TB:  Joanatan Richard, a sua carreira transita entre as estradas do Blues e do Rockabilly, conte como o amor pela música surgiu e como você foi parar nessa encruzilhada.

JR: "Sim, correto, Elvis Presley foi a primeira porta para eu curtir rock dos anos 50, na sequência veio o blues e outros gêneros relacionados.

A paixão por tudo isso sempre foi bastante motivada por filmes como, "La Bamba", "The Girl Can't Help it", e ao descobrir a força do blues, percebi que poderia expressar ainda mais meus sentimentos, minha história e essência e minha origem!"

TB: Para você, qual a diferença e as semelhanças do Blues e do Rockabilly?

JR: "Pra mim a diferença está principalmente na questão étnica e cultural, o blues como já sabem de origem afroamericana, é como uma mutação da forma que os ancestrais faziam os sons, o rockabilly traz o formato mais fincado no western bop, hillbilly, bastante influenciado pelo blues. Acho que são vários tipos e variações em ambos.

Segundo Rudy Tutti Grayzell falou pessoalmente, ele estava tocando violão de uma forma diferente, Roy Orbison perguntou, 'o que é isso, Rudy?', e ele chutou, 'é rock com hillbilly, Rock-a-billy'.

Então acho que são estilos de tocar de diferentes regiões dos USA que se somaram."

TB: Você lançou seu álbum a pouco tempo, quais foram as suas maiores dificuldades e sucessos deste trabalho?

JR: "Sim, o CD "Rockin' This Crazy World", ainda é bem recente.

As dificuldades são as de sempre, eheh, conseguir recursos para produção como um todo, patrocínio do setor privado é muito difícil em minha região. Depois de tudo pronto, a dificuldade é distribuir e vender, mesmo com a facilidade da internet, distribuidores virtuais.

Abri um selo há alguns anos, Ipojuke Records, a tenho trabalhado sempre em busca de novas parcerias no cenário onde mais atuo."

TB: Quais são seus projetos atuais e o que você pretende para o futuro?

JR: "Atualmente estou gravando novas canções para um split álbum com a banda Nicotyna do México (Cidade do México), também pretendo lançar algo meu em vinil.

Também gravei duas músicas para um CD tributo a The Cramps, com bandas das Américas do Norte e do Sul.

Para o futuro se Deus quiser, pretendo tocar fora do Brasil, de preferência em outros continentes, pois é uma das coisas que faltam para minha carreira, pois graças a Deus foram muitas conquistas dentro do que considero 'sucesso'."

TB: Man, é uma grande honra ter suas palavras publicadas no Blog, deixo aqui um espaço para suas considerações finais.

JR: "A honra é toda minha, muito obrigado!

Muita gente acha que não tem rock no NE, pelo menos acho que não sou (assim como outros) fruto de um mero acaso, lá é diferente sim, mas não como muitas vezes somos descritos, só se pode falar de algo que já viu, já foi, se conheceu bem.
Não comento isso por bairrismo, mas a título de informação, pois é algo tipo, fora do Brasil acharem que aqui é uma selva, só tem índios e Rio de Janeiro, ehehe
Entrem em contato, adquiram meu CD.

Deus abençoe a todos!"

2 comentários:

Débora Podda disse...

O CD é realmente muito bom. O clipe é bacana demais, adoro a historinha, o figurino...Parabéns!!!!

Tesouros Musicais Esquecidos disse...

Primeiramente, muito obrigado pela postagem em seu blog que sempre traz pra gente, uma galera fantástica do blues, rock, etc!

Aproveitandop o gancho, como diz a música do compositor caruaruense, Onildo Almenida,"A feira de Caruaru", gravada por Luiz Gonzaga nos anos 50: "Na feira de Caruaru faz gosto a gente ver, de tudo que há no mundo, nela tem pra vender..."

Obrigado a todos também pelos comentários.