segunda-feira, 22 de dezembro de 2008

Legado Blues - Cristina - Tim Maia

Este vídeo é da banda mineira Legado Blues, que tem um artigo publicado no Blog.

Veja o vídeo da banda mandando um Funk ao vivo e leia o artigo.



sábado, 13 de dezembro de 2008

Decio Caetano - Argentina

Mestre Decio Caetano, mostrando seu Blues maravilhoso na argentina!!!


segunda-feira, 8 de dezembro de 2008

Hideaway - Mustache Maia

O grande baixista Mustache Maia, que já deu uma entrevista para o blog, está com um vídeo muito bacana. Confira !!!




Leia o artigo!!!

quinta-feira, 4 de dezembro de 2008

sexta-feira, 21 de novembro de 2008

quinta-feira, 4 de setembro de 2008

Nosso Blues Nossas Bandas com The HeadCutters


Este mês o Blog completa um ano de existência, e para comemorar com estilo, temos aqui uma das melhores bandas de Blues tradicional que já escutei.

A banda THE HEADCUTTERS (ex OnTheRocks) de Itajaí – SC, tem como formação Joe Marhofer na harmônica e vocal, Ricardo Maca na guitarra e vocal, Arthur “Catuto” Garcia no contra-baixo acústico e Leandro Cavera na bateria.

Joe vai nos contar um pouco do CD e da Banda.

TB: Por qual motivo a banda optou resgatar a sonoridade e o estilo musical das bandas de Chicago da década de 50 e 60?

TH: "Foi o que sempre nos motivou e o que sempre ouvimos desde que começamos, passamos por outras linhas no Blues, mas a nossa sempre foi a tradicional dos anos 50 e 60, que possui timbres e o jeito de tocar que mais se encaixam com a gente, estamos na melhor fase da banda já que a partir deste ponto, que foi a gravação do novo CD, e o resultado foi fantástico e a partir de agora virão mais e melhores gravações nesses moldes."


TB: Atualmente foi lançado um trabalho da Banda, que foi realizado aos moldes das gravações feitas na década 50. Como foi feita esta gravação? Quais as maiores dificuldades encontradas? E qual foi o resultado?

TH: "Gravamos em rolo de fita com captação ambiente, dentro do Museu Histórico de Itajaí, feito todo ao vivo e sem overdubs durante três madrugadas.

As dificuldades surgiram desde que resolvemos encarar essa linha que foge totalmente do que é feito hoje em dia, tanto como sonoridade, amplificação, instrumentos, timbres e até mesmo o jeito de tocar, já que hoje, a maioria das bandas opta pela linha do Blues Moderno e Blues Rock. A pesquisa foi feita durante anos até conseguirmos atingir o ponto de realizar esta gravação o mais fiel possível ao que era feito nos anos 50, acreditamos que esta possa ter sido a nossa maior dificuldade além de ter que carregar todo o equipamento para o segundo andar do museu...hahaha!

O resultado foi melhor do que a gente esperava, convidamos a todos que estão lendo a dar uma conferida no nosso myspace."

TB: Com um som tão característico, não deve ter sido fácil montar a banda. Quem teve a idéia de montar a Banda e como que foi a reunião dos integrantes?

TH: "Somos amigos de infância e moramos todos até hoje praticamente na mesma rua, a banda começou na nossa adolescência, isso aproximadamente a uns 10 anos atrás e pretendemos fazer com que estes 10 anos se tornem mais 50 anos de muito Blues."

TB: Quais os objetivos da Banda? Quais seus próximos projetos? Um DVD ao vivo?

TH: "Um dos objetivos da banda é poder mostrar o trabalho no Brasil e no mundo inteiro, difundindo cada vez mais o Blues e levando com muito orgulho essa bandeira do Blues Tradicional já que pouquíssimas bandas ou artistas-solo, tanto no Brasil e no mundo, fazem essa linha que nós fazemos.

Os próximos projetos são: a prensagem deste CD (lançado apenas virtualmente), a produção de alguns vídeos que serão postados no youtube e em breve a gravação de mais um CD que já está sendo planejado."

TB: Muito obrigado pela entrevista, é sempre um prazer ter pessoas talentosas como vocês no Blog. Deixo agora este espaço para seus comentários finais.

TH: "Primeiramente gostaríamos de agradecer você Roberto pela entrevista e também parabenizar o TERREMOTO BLUES BLOG pelo seu primeiro ano no ar e mandar um abraço a todos os amigos que nos dão muita força neste caminho nada fácil, Chico Blues, Igor Prado, Bharath, Fabio Franchinni, Jussario Duarte, Dayvk Martins, Carlos May, Melk Rocha, Gaspar Viana (Bends Harmonicas) Esmeralda, JJ Jackson, Junior Polaco, Andy Boy, Lenzi Brothers, Toyo e Rodrigo (Mississippi Delta Blues Bar), e todos aqueles que não conseguimos lembrar agora...E tambem em breve esperamos estar tocando aí em São Paulo para mostrar nosso trabalho ao vivo e fica mais uma vez nosso convite a todos para acessarem nosso myspace e participarem da nossa comunidade no orkut e um forte abraço a todos!"

sexta-feira, 29 de agosto de 2008

domingo, 24 de agosto de 2008

quinta-feira, 14 de agosto de 2008

Mestres das seis cordas com Diego Martins

É impressionante o quanto me surpreendo com o Blues brasileiro a cada dia.

Diego Martins é um garoto de 17 anos, que possui um talento extraordinário, e que mostra nos palcos como se canta e toca o blues.

Resumindo, se eles tem Jonny Lang, nós temos Diego Martins.

TB: Hoje é muito difícil encontrarmos jovens músicos ingressando no Blues. O que te levou a tocar o blues? Há quanto tempo você toca guitarra?


DM: "O meu interesse pela música se manisfestou de fato quando eu tinha 11 anos de idade, pedi um violão ao meu pai e aprendi sozinho alguns acordes que eu via nessas revistinhas de banca de jornal. Aos 12, depois de tanto insistir, ganhei do meu pai uma strato da Austin, muito ruim por sinal (risos), e do jeito que podia fui arranhando-a. Algum tempo depois, um grande amigo, guitarrista e mentor chamado Eric Camalionte me mostrou materiais de algumas bandas de hard rock dos anos 70, Led Zeppelin por exemplo, esse som virou minha cabeça, mas eu me lembro que nenhum daqueles grupos me chamou tanto a atenção quanto o AC/DC, pela simplicidade, paixão, e emoção que transmitiam. Eu sabia que estava à procura de alguma coisa, mas ainda não sabia o que era.

Foi então que procurando informações sobre as influências do Angus Young (AC/DC) eu descobri um tal de blues, procurei pela palavra na internet e fiz download de uma música. A gravação de "My time after a while" do Buddy Guy foi um divisor de águas na minha vida, fiquei embasbacado pela maneira que o cara tocava a guitarra e cantava, não dava pra dizer se ele era um guitarrista que cantava, ou um cantor que tocava guitarra, o que eu achei fantástico, sendo assim, passei a respirar o blues, e faço isso até hoje (risos)."


TB: Quem está tocando com você hoje? Quais são os seus projetos?

DM: "Atualmente toco com meu quarteto "Diego Martins & Mad Fulton´s House", que é formado pelos jovens e talentosos Daniel Kon (guitarra), Hamilton Rodrigues (baixo) e Sérgio Baldassi (bateria).

Dia 16 de agosto gravaremos um CD ao vivo numa festa promovida pelo Estúdio 500 e pretendemos iniciar no final do ano o processo de gravação do primeiro CD oficial, apenas com músicas de minha autoria."


TB: Como você prepara seu repertório? Você tem músicas próprias?

DM: "Eu acredito que as pessoas gostam de ouvir preferencialmente aquilo que conhecem, então procuro executar alguns clássicos do blues, algumas daquelas músicas que os fãs do gênero sempre conhecem, desse modo, o ouvinte tem maior facilidade de se identificar comigo e com a banda, daí então, coloco algumas das minhas músicas no meio, que graças a Deus, sempre foram muito bem aceitas pelo público em geral. Sempre gostei de compor, e sempre senti a necessidade de fazê-lo, pois acho que uma nova geração do blues, nunca será uma nova geração se estiver sempre tentando imitar as gerações anteriores. O Stevie Ray Vaughan por exemplo, sempre mostrava a importância do Albert King na sua maneira de tocar, mas não soava como alguém copiando Albert King, quando a primeira nota era tocada qualquer um sentia que era o Stevie Ray tocando. É isso o que todos os grandes fazem, e é isso que eu estarei sempre buscando."


TB: O que você espera do blues? Onde você pretende chegar?

DM: "Algumas pessoas dizem que o blues está definhando, que não há futuro, mas eu não vejo dessa forma, o Luther Alisson disse uma vez que "o blues é um música espiritual, e não se pode matar um espírito". Infelizmente a minha geração se contenta facilmente com qualquer porcaria que toque nas rádios, porém eu tenho percebido que grande parte dessa galera gosta do blues, só que não conhece nada a respeito, ou muito pouco. Por causa disso, não podemos desistir nunca da idéia de espalhar o blues por todos os cantos, é preciso apresentar o blues pra quem não conhece, e o Brasil é cheio desses "mensageiros", músicos que vêm trabalhando duro há muito tempo, eu simplesmente procuro me espelhar nessas pessoas e fazer um trabalho honesto e sincero para que um dia eu possa ser digno de reconhecimento, assim como eles são."


TB: Diego é muito bom ver sangue novo agitando o cenário do blues brasileiro. Deixo aqui um espaço para seus comentários finais.

DM: "Eu primeiramente gostaria de agradecer pela entrevista e te dar parabéns pelo blog super bacana. Um trabalho bastante importante, que ajuda a preservar o blues como ele merece. Quanto aos meus comentários finais, queria dizer que hoje, aos 17 anos, sinto-me privilegiado e honrado por ter trabalhado e/ou ter o meu trabalho elogiado e respeitado por caras como Val Tomato, Manito, Cracker Blues, Márcio Maresia, Baby Labarba, Big Gilson, Luciano Leães, Igor e Yuri Prado, Chico Blues e Helton Ribeiro, quero sinceramente agradecer essas pessoas. Agradeço também a Deus e toda a minha família que sempre me apoiou, especialmente o meu pai.

Espero que vocês gostem do meu som. Que Deus abençõe a todos vocês e mande vibrações bluseiras pra todos nós (risos). Grande Abraço!"















Comunidade no Orkut: http://www.orkut.com/Community.aspx?cmm=42286097

domingo, 10 de agosto de 2008

Sofre.... Tim Maia

Tem gente que diz que gravou o primeiro Blues no Brasil, que é o responsável por trazer o Blues e etc, mas o que eu escutei hoje mostra que o Blues já estava há muito tempo por aqui.

Hoje caiu em minhas mãos um CD incrível do genial Tim Maia, gravado em 1972.

Confesso que não escutava muito o trabalho do Tim Maia, mas agora quanto mais escuto seus trabalhos antigos, percebo que ele é muito melhor do que muita gente pensa.

Bem, este disco que leva o nome do mestre “Tim Maia”, foi gravado em 1972, pela Polydor. Não é um disco de Blues, mas contem uma faixa incrível, que mostra todo o sentimento de um homem, que sofre por uma mulher. O nome da musica é Sofre, isso já diz tudo.


Tim Maia
Tim Maia

01. Idade (Tim Maia)
02. My little girl (
Tim Maia)
03. O que você quer apostar? (
Tim Maia)
04. Canário do reino (
Carvalho - Zapatta)
05. Já era tempo de você (
Rosana Fiengo - José Carlos de Souza)
06. These are the songs [Esta é a canção] (
Tim Maia)
07. O que me importa (
Cury)
08. Lamento (
Tim Maia)
09. Sofre (
Tim Maia)
10. Razão de sambar (
Tim Maia)
11. Pelo amor de Deus (
Tim Maia)
12. Where is my other half (
Tim Maia)

terça-feira, 29 de julho de 2008

Gaita não é Brinquedo com Jason Ricci

Entrevista com Jason Ricci, por Oswaldo Moraes.
Trad
uções: Renato Limão e por Gerson J. Santos

Meu grande amigo Oswaldo Moraes está nos presenteando com uma entrevista fantástica com um gaitista americano de primeira qualidade.

Vamos aos fatos Oswaldão......

OM:Jason você poderia nos falar um pouco da sua carreira, quando e como você começou?

JR:
Eu comecei tocando com 14 anos, eu era de uma banda Punk e queria tocar um instrumento, então a banda me arranjou uma Harmônica, e eu não poderia estragar as musicas. ]
Depois naturalmente eu entrei para o Blues e levei mais a sério o instrumento e o Blues.
OM: Quais são seus músicos de Blues favoritos? E quais seus favoritos entre outros gêneros?

JR:
"Meus favoritos são:
Paul Butterfield, Pat Ransey, Satan and Adam, Ronie Earl e muitos mais.
For a do blues eu agora escuto bandas punks como: Hot Heat, The Pixies, The Breeders, Nikki Barr e uma porrada de outros, eu adoro Love TommQaites,Leonard Cohen, Dylan, Melissa Ferrick, Coltrane, MILES, Cannonbol, Art pepper, Stan Getz, todos.... Bach, Sibelius, Beethoven, Debussy todos concertos de violinos é sério, tudo Rap, Coutry, Eastern, World, Klezmer you name if."

OM: Você conhece algum Gaitista Brasileiro?

JR: "
Eu conheço Flavio Guimarães, não pessoalmente, mas tenho um pouco de seus discos.

Um grande amigo meu é o Bruno Castro que é um tocador muito promissor,e naturalmente sou muito fã dele.

Otavio Castro e sua performance em redefinir este instrumento, Otavio é um dos melhores tocadores vivos hoje.

Eu também curto aquele cara Cromático da banda, Ted e Pablo é fantástico.

Vou predizer que o Brasil esta se destacando no mundo, com Arte, Medicina, Estilo, Atletismo, tudo. Vocês mandam bem mais do que tudo mundo, é sério.

Bob Burnquist e um dos meus heróis."

OM: Sua banda New Blood é simplesmente incrível, você poderia nos falar um pouco dela, como é sua relação com os musicos?

JR:
"Obrigado eu também os acho bons, meu relacionamento com eles é mais uma irmandade.

Estão comigo desde antes da banda conseguir algum dinheiro, sei que estão por amor a musica.

Eles são tecnicamente melhores músicos do que eu, estando rodeado de feras como estas te anima muito.

Eu os ouvi e fui recomendado por amigos de confiança e associados, então eu os importei para Nashvilee os coloquei para trabalhar é muito legal você sentir apto a ajudar suas pessoas favoritas, músicos e os amigos fazem a convivência. "

OM: De onde você tira as idéias para criar suas linhas musicais?

JR: "Eu apenas ouço musica..... ouço tudo .... muitas das minhas idéias são enraizadas em escalas considerando que tenho escolhido um agrupamento de notas selecionadas para tocar estritamente para toda musica ou apenas uma “lambida” o resto é apenas padrões de ritmos ou idéias que vem de outros musicos de qualquer outro instrumento imaginável que eu deva ter ouvido naquele dia."

OM: Um tema muito controverso ultimamente no Brasil é cromatismo da Harmônica Diatônica , você tem explorado isto? Quais são os resultados e como administra isso?

JR: "Acho os resultados bons porque estamos fazendo um entrevista, não?
Para mim é o futuro e mais uma técnica que permite se expressar mais livremente. Over Blow/Bends seja lá o que for......pode soar tão natural quanto outra nota natural do instrumento, isto leva tempo para praticar e aprender.

Eu gasto muito tempo praticando fazendo soar bem tocando Over Blows para cima e para baixo.
Eu não acho que muitas pessoas no mundo possam realmente “ouvir” qualquer diferença tonal entre muitos de meus Over Blows e de qualquer outra nota.

Claro que cometo erros tocando Over Blows, mas eu cometo erros em qualquer técnica na harmônica, sabe?"







Para conhecer melhor os álbuns de Jason Ricci click aqui.

Agora a Entrevista na em Inglês, para ninguém perder nenhum detalhe:

OM: Could you talk a little bit about your carreer. When and how did you getstarted?

JR: "I got started playing when I was 14, I was in a punk band and wantedto play an instrument...so the band picked harmonica for me so I couldn'treally ruin the songs. Later of course I got into blues and blues harmonicaand got more serious about the instrument and that music."

OM: Which are your favorites blues musicians? And how about your favoritesbetween other genres?

JR: "My favorite blues guys are: little Walter, Otis Rush, Muddy Waters,James Cotton, Screaming Jay Hawkins, Percy Mayfield, T-Bone walker, lou AnnBarton, Paul Butterfield, Pat Ramsey, Satan and Adam, Ronnie earl and manymore, Outside of Blues right now I'm listening to punkish bands like: HotHot Heat, The Pixies, The breeders, Nikki Barr and whole mess of others, Ilove Tom Waites, Leonard Cohen, Dylan, Melissa Ferrick,Coltrane, Miles,Cannonball, Art pepper, Stan getz, ellington, everyone...Bach, Sibelius,Beethoven, Debussy most all the great Violin Concertos...seriouslyeverything, Rap, Country, eastern, world, klezmer you name it."

OM: Do you know any brazilian harp player?

JR: "I know Flavio...Not personally but I have a few of his records...Agood friend of mine is Bruno Castro who is a great up and comingplayer...And of course I am very much aware of Octavio Castro and his rolein redifining this instrument. Octavio is one of the best players alivetoday. I also dig that chromatic guy from the band Ted and Pablo he isamazing.

I predict that Brazil is taking over the world with Art, Medicine,style, athletics everything. You guys seriously rock way harder thaneveryone else.

Bob Burnquist is one of my heros."

OM: Your band, the New Blood, is just awesome. Could talk a little about it?How is your relation with all the musicians and how do you create.

JR: "Thank you...I think they're great to. My relationship with them ispretty much a brotherhood. Shawn Starski (guitar) and Todd Edmunds (Bass)have been with me since before the band was really making any money so Iknow they are here because the love the music. They are all technicallybetter players than me and being around guys like that drives you a lot. Iheard them or they were recommended to me me by trusted friends andassociates and then I imported them to nashville and put them to work. Itfeels really good to be able to help your favorite people.players andfriends make a living!"

OM: Where did you get the ideas to create your musical lines?

JR: "I just listen to music...Anything I here...Many of my ideas arerooted in scales meaning I've chosen a select grouping of notes to play fromstrictly for the whole song or just one lick...the rest is just rhythmicpattens or ideas that come from other players from any instrument imaginablethat I may have heard that day."

OM: ­ A very controversial theme, at list in Brazil, is the chromatism on theblues harp. You¹ve been exploring that, what are the results and how do youmanage that?

JR: "I guess the results are OK because were doing an interview... No? Tome it's just the future and one more technique one can employ to expressthemselves more freely. Over Blows/bends whatever...can sound as natural asany other note on the instrument it just takes time and practice to learnthem. I spend a lot of time practicing just making them sound good bybending the overblows up and down. I don't think very many people in theworld could even really here any tonal difference between most my overblowsand any other not. Of course I make mistakes playing over blows but I makemistakes on every technique on the harmonica as well...you know?"

quinta-feira, 3 de julho de 2008

Solid Blues Brasil - O novo programa de Blues na Web

Bandas de Blues, mandem seu CD para:
CAIXA POSL 46008
RIO DE JANEIRO- RJ
CEP. 20560-971
A/C Produção Solid Blues Brasil

quinta-feira, 19 de junho de 2008

Vídeo da Semana ESPECIAL

Tenho o prazer de trazer para as páginas do Blog uma nova seção mensal de vídeos, onde teremos grandes nomes do Blues filmados pelo meu grande amigo Edu Gaspar.

O Edu está responsável por escolher cinco vídeos, que vão ser apresentados neste espaço.

Então, chega de papo e vamos aos vídeos:

Izzy Gordon & Tony Gordon - Feel Like Making Love


Ari Borger Quartet - Country Blues


Mauricio Sahady & Blues Groovers -When the kid start messing


Celso salim - Big City Blues


Flávio Guimarães & Igor Pardo - Just a feeling





segunda-feira, 16 de junho de 2008

Senhores das Teclas com Adriano Grineberg

Quem escuta este mestre tocando acha que está em algum bar de Chicago. Seu som é algo impossível de descrever, apenas quem já escutou ao vivo, sabe o que estou dizendo.

Adriano Grineberg é um dos melhores músicos do estilo no Brasil, e pode ser comparado facilmente a qualquer pianista Norte Americano, e apesar de tudo isso ele é uma das pessoas mais simples que já tive a oportunidade de conversar.

TB: Já escutei muitos tecladistas dizendo que transportar um Blues de um tom para outro não é tão simples como na guitarra. Existem essas dificuldades? Quais os motivos?

AG: "Existem sim tais dificuldades, tonalidades como Dó, Sol e Ré (reparem que estamos subindo pelo ciclo de quintas e conforme vai se seguindo por ele mais dificil se tornam as transposições) são as preferidas de muitos pianistas pelo fato de os "slides" utilizarem o mesmo dedo ex: de fá# para um sol, de mib para mi. De tal forma você escorrega o dedo de uma tecla preta parar uma tecla. Quando esse movimento é contrário, de uma tecla branca para uma tecla preta você precisa de utilizar 2 dedos para obter o mesmo efeito (ex: em Lá maior, da terça menor "Dó" para a terça maior "Dó#"). Na guitarra isso ocorre nas tonalidades onde se usam as cordas soltas como Mi e Lá que possuem diferentes articulações em relação às outras tonalidades. Já na gaita diatônica em um blues em tom maior é só trocar de instrumento."

TB: No seu projeto Adriano Grineberg Quartet, você toca com seu irmão que é o baterista. Como é tocar em família? Facilita sua vida ter um irmão baterista e muito competente?

AG: "O Sandrão é uma figura!!! Está na banda desde o início de sua formação assim como os demais integrantes, Rodrigo Jofré no baixo e o antológico Edu Gomes nas guitarra. Tocar com alguém tão próximo traz muitas vantagens no sentido de compreensão e na comunicação também, mas rola também o grande desafio de separar a relação familiar da profissional o que fazemos muito bem na minha forma de ver. Vocês sabem como é relação de irmão rsrsrsrsr. Já rolaram situações em dias de show onde tivemos uma discussão familiar na parte da manhã e na hora do show tudo estar no melhor clima possível rsrsrs. Fora isso o Sandro é na minha opnião o baterista que toca a maior variedade de estilos no blues com a mesma competência além de ser um cara fácil para se trabalhar."

TB: Fora a sua banda, quais são os seus projetos na música? Você pretende gravar seu trabalho? Você dá aulas?

AG: "Não dou aulas com reguaridade, prefiro transmitir minha vivência com a música através de oficinas e workshops á exemplo do que fiz em Curitiba no início do ano na (Oficina de Música de Curitiba). Isso de certa forma faz com que você passe a ter mais tempo para os projetos autorais e para atuar nos palcos. Apesar de amar o blues tenho hoje no meu projeto de Wolrd Music em parceria com o Edu Gomes, minha principal fonte de expressão na música. Já temos 7 cds gravados, apresentações e viagens para o exterior em países como a Índia, onde em 2004 fizemos show de lançamento de um cd de mantras hindus com texturas e rítmos brasileiros intiulado "Vera Mantra" que estará sendo relançado no Brasil até o final do ano. Além disso tenho acompanhado a cantora Ana Cañas em turne de lançamento do cd "Amor e Caos" (Sonyy-BMG) também nos principais veículos de mídia do país. Tenho planos de gravar o AG QUartet até o final desse ano, mas fazendo de forma menos formal e de acordo com a realidade que o blues nacional permite, hoje o mercado fonográfico do `gênero praticamente inexiste e os artistas acabam sendo pressionados a trabalharem num formato inviável e tendo na maior parte das vezes despesas ao invés de lucrar com seus trabalhos, ainda acredito que os shows e a própria internet são os veículos mais eficientes para um gênero pouco difundido no país."


TB: No Brasil não é muito fácil encontrar tecladistas competentes no Blues, o que você diria aos futuros tecladistas de Blues? O que devem fazer?

AG: "Eu diria que no Brasil a guitarra e a gaita são os instrumentos que ganharam mais força. Ainda não temos uma tradição na formação de grandes tecladistas no estilo pelo pouco interesse que o blues desperta nesses músicos. Isso de certa forma prejudica não só ao blues como também outros estilos como a música instrumental brasileira que eu respeito mas não consigo me emocionar ouvindo pela ausência da pegada "bluesy". Tem muito músico que sai do erudito direto para o jazz sem passar pelo blues o que traz um grande"buraco" na formação. Isso acaba se traduzindo não só na música como também nas atitudes das pessoas. Vale lembrar que o blues é o pai do rock e para se blues tem que ter atitude blues, sem cair na babaquice de ficar enchendo a cara o dia todo como alguns fazem rsrsrsrsrs. Acho que conviver com a linguagem do blues por grandes ou pequenos períodos na formação musical é indispensável para qualquer músico."

TB: Mestre, é uma honra indescritível ter você no Blog. Deixo aqui um espaço para seus comentários finais.

AG: "Agradeço demais pelo convite e aos leitores. Por se tratar de uma entrevista sobre o blues quero manifestar a minha vontade de ver as pessoas que o impulsionam a serem mais unidas e visarem menos os benefícios pessoais porque isso sem dúvidas fará do blues um gênero extinto no país em menos de 10 anos tendo em vista o terreno que ele perdeu da década passada para a atual, fato que a nova geração não se dá conta, isso se dá pela a atitude não só dos músicos mas também de produtores, pseudo produtores, vendedores de cd, palestrantes, empresários ,donos de bar e instituições em quase sua totalidade. Seria muito legal um dia ver as camadas mais pobres da sociedade entrarem em contato com o blues, pois é lá que vive o verdadeiro "felling" do brasileiro que tem tudo a ver com o blues, mas ainda não foi descoberto por tais pessoas. Triste ter como única alternativa de ver um show blues levar a sua garota num bar, pagar 100 reais de conta para ouvir músicos se degladiarem num palco rsss. De qualquer forma trata-se do estilo que revolucionou e redefiniu os rumos da linguagem da música no último século e para sempre será. Long Live Bluessssss!!!"






Vasco faé e Adriano Grineberg no Photozofia

quarta-feira, 11 de junho de 2008

Semana com muito Blues

O Blues em São Paulo nunca esteve tão agitado como agora, praticamente todos os dias da semana têm grandes shows e quero destacar dois, que pude assistir nos dias 05 de junho e 07 de junho.

No dia 05 de junho de 2008, tive o prazer de assistir um dos melhores shows do ano, que foi realizado no Pub St. Johnns no Tatuapé, aonde meu grande amigo Décio Caetano veio do Paraná para realizar alguns shows em São Paulo.

Acompanhado pela melhor cozinha do Brasil Limão (Baixo) e Vitor Busquets (Bateria), e contando com a participação mais que especial de Oswaldo Cachorro Loiro, gaitista da Black Coffee Band, um músico que está se destacando a cada nova apresentação.

O Show contou com músicas de seus últimos trabalhos e com clássicos do Blues, tudo regado à boa cerveja e muita gente bonita.

No dia 07 de junho de 2008, assisti uma dobradinha maravilhosa no Ton Ton Jaz, com as Bandas Mad Blues e a Hurricane Blues Band.

A Mad Blues mostrou muita energia em suas músicas próprias e muita personalidade nas suas versões de Clássicos do Blues.

Fechando a noite, a banda Hurricane mostrou timbres incríveis, um entrosamento e uma sintonia forte, fazendo o publico delirar aos sons do clássico do Blues.

segunda-feira, 9 de junho de 2008

Vozes do Blues com Rasane Corrêa

Graças a Internet e ao Orkut, o Blues nacional ganhou uma das vozes mais bonitas da atualidade.

Rosane Corrêa é uma cantora carioca, que traz para o Blues sua experiência de vida, ajudando a somar forças para o nosso estilo.

TB: Qual foi sua trajetória musical até chegar ao Blues?

RC: "Comecei cantando em um grupo vocal e depois num coral católico. Fiz parte de uma banda amadora de rock/pop por 10 anos e simultaneamente tive uma banda profissional de jazz/mpb, com quem viajei muito fazendo shows por 8 anos e com quem participei do Festival de Inverno do SESC/Rio 2005.

No final de 2003 comecei a participar das blues-jams promovidas por músicos do orkut, e a partir daí decidi estudar e começar a cantar o Blues."

TB: Quais os cuidados que você tem com sua voz? Antes de entrar no palco você faz alguma coisa para esquentar a voz?

RC: "Bebo muita água em temperatura natural, não falo alto se não houver real necessidade, procuro não convesar muito em lugares onde o som esteja alto demais e não tomo bebida alcoólica antes dos shows. Não tenho cuidados extremos.

Antes de subir no palco costumo fazer um pouco de silêncio e me concentrar no trabalho que vou desempenhar. Aquecimento vocal faço apenas antes de cantar ópera, pois sou solista da Cia Lírica Villa Lobos, e este é um tipo de trabalho que exige demasiado das cordas vocais e do aparelho respiratório como um todo."

TB: Qual é o processo de escolha das músicas para seu repertório? Você canta músicas próprias em seus shows?

RC: "É um processo longo de estudo. Escuto muitos CDs, avalio as melodias e as letras para ver se são histórias que gostaria de contar. Depois penso na dinâmica do show e só então ele está definido. Canto músicas próprias, mas não muitas, porque opto por fazer com que as pessoas se acostumem pouco a pouco com elas."


TB: Hoje você tem um projeto que conta com músicos de primeira linha. Como você formou esta banda? Vocês têm intenções de lançar um material?

RC: "Sim, esse é o projeto dos meus sonhos; tocar com músicos de quem admiro o trabalho, de quem sou fã em primeira instância.

Fui a um show do Big Gilson ( que é um ídolo pra mim, além de um grande amigo ) e no final falei com o Gil Eduardo, logo em seguida falamos com o Pedro Leão ( respectivamente baterista e baixista da banda do Big Gilson ) sobre fazermos um trabalho juntos ( já éramos amigos antes ).
Eles toparam. Ficamos então de pensar num guitarrista que tivesse a ver com a gente. Uns dois dias depois o Pedro Leão me ligou dizendo que já tinha o guitarrista ( ele tinha falado com o Big Gilson, que decidiu entrar no projeto ). Foi simples assim, apesar de inacreditável! ( rsrsrs ) Foi um momento de grande exultação pra mim. Nascia assim a banda "Rosane & The Crazy Dogs".
Entraremos em estúdio ainda em junho para gravarmos nosso primeiro trabalho juntos."

TB: Rosane é um prazer ter você no Blog. Deixo aqui este espaço para seus comentários finais.

RC: "Agradeço a você, Roberto, pela gentileza do convite e pela divulgação que tem feito do nosso trabalho em seu Blog.

Esperamos todos os leitores do TERREMOTO BLUES BLOG nos nossos shows. E eu particularmente espero a todos no programa SOLID BLUES BRASIL, que apresentarei na SOLID ROCK RADIO a partir do dia 14 de julho de 2008 às 21h."

Veja mais:

- Musicas
-
Comunidade da banda "Rosane & The Crazy Dogs" no orkut
- Site da Solid Rock Radio

terça-feira, 3 de junho de 2008

SUPER Show 05-06-2008 - BLUES POR AMOR AO PRÓXIMO

"BLUES POR AMOR AO PRÓXIMO"MEGA-SHOW BENEFICENTE NO PADDY'S PUB REÚNE DEZENAS DOS PRINCIPAIS MÚSICOS DE BLUES DO BRASIL

Na primeira quinta-feira de Junho, dia 5, o "Projeto Paddy's Blues" terá um show especialíssimo:
"Blues por Amor ao Próximo - Krocfest Blues IV)".

Estarão tocando no palco do Paddy's Pub, revezando-se em uma super blues jam session com início às 10 da noite e sem hora para terminar, dezenas e dezenas dos melhores blueseiros em atividade no Brasil. [No quadro, relação parcial dos nomes confirmados.]

A big jam será comandada, como sempre acontece nas noites de blues do Paddy's, pelo também blues man Ricardo Côrte Real.

O ingresso para o "Blues por Amor ao Próximo" serão três quilos de alimentos não-perecíveis (exceto açúcar e sal). Todo o volume arrecadado será integralmente doado para a Casa Amor ao Próximo.

Haverá sorteio, entre o público presente, de uma Guitarra Schecter, cortesia da Krocodille Pop, loja de "instrumentos usados e ousados" na rua Teodoro Sampaio 826, principal apoiadora do evento.


Quarta edição
– O show "Blues por Amor ao Próximo - Krocfest Blues" vem sendo organizado há quatro anos pelo guitarrista Cláudio Camargo, músico que realiza trabalho voluntário para a Casa Amor ao Próximo, instituição que cuida de cerca de 150 crianças carentes e em situação de risco.

O evento, que reúne sempre a nata do blues, já se tornou referência para a comunidade do blues em São Paulo.

Desde sua primeira edição, o show tem como apresentador e mestre de cerimônias oficial o músico, radialista e publicitário Ricardo Côrte Real, que é também apresentador (além de líder de uma das bandas residentes) do "Projeto Paddy's Blues".

Nesta quarta edição, o "Blues por Amor ao Próximo" tem novamente apoio da Krocodille Pop, parceira desde a concepção do projeto inicial e principal apoiadora do evento.

Apoio fundamental neste ano é também o do Paddy's Pub, como casa anfitriã do show. A escolha do Paddy's tem um por quê: com o "Projeto Paddy's Blues", o Paddy's Pub vem se consolidando como um dos mais privilegiados espaços para o blues em São Paulo.

O evento tem apoio ainda de: Bends Harmônicas, Núcleo Gráfica, Netuno Express, Rock Portal Rádio, Real Contabilidade.


Proteção, amor e carinho
– A Casa Amor ao Próximo é entidade filantrópica, sem fins lucrativos, que depende de doações, além de manter um convênio com a prefeitura do município de Guarulhos, onde está instalada. A entidade tem como presidente a sra. Maria Raimunda Araújo dos Reis.

A Casa iniciou suas atividades em 1995, com trabalho assistencial às familias carentes das comunidades da região do Jardim Presidente Dutra, Ponte Alta, Inocoop e adjacências, distribuindo alimentos, remédios, brinquedos e artigos de higiene e primeira necessidade, através de doações captadas junto a pessoas e empresas da região.

Em Junho de 2000 foi implantada a creche da Casa Amor ao Próximo, tendo como prioridade a proteção e apoio à criança, pautada no Estatuto da Criança e do Adolescente, de acordo com a lei nº 8.069 de 13/07/90.

A partir de 2001 foi agregada à estrutura da creche a Casa Abrigo, inaugurada para receber crianças e adolescentes em regime de internato, encaminhadas pela Vara da Infância e da Juventude. Atualmente, a Casa Amor ao Próximo recebe e cuida gratuitamente de cerca de 150 crianças, sendo 120 crianças de 2 a 5 anos na creche, nos períodos da manhã e da tarde, e 30 crianças de 1 a 15 anos em situação de risco no abrigo, sob guarda judicial outorgada pela Vara da Infância e da Juventude.

A Casa também realiza atividades de ajuda às familias dessas crianças através do fornecimento de cestas básicas, roupas, brinquedos e remédios que são doados através das campanhas de captação e da realização de eventos organizados pelos mantenedores voluntários da Casa Amor ao Próximo.

A necessidade de doações e de ajuda de tôda espécie é frequente e demanda sempre ações objetivas na busca de resultados que viabilizem a continuidade desse trabalho.

A missão da Casa Amor ao Próximo é plantar e resgatar no coração dessas crianças o amor, a auto-estima, a noção de cidadania e as funções psicológicas e sociais, oferecendo-lhes um lar de proteção, amor e carinho capaz de prepará-las para um futuro em que estejam aptas para constiuir novas famílias, construindo lares em que possam oferecer aos seus todo o respeito e compreensão mútuos que só uma base de amor pode oferecer.

A Casa Amor ao Próximo fica na rua Dilermano Reis 148, Inocoop, cep 07174-265, Guarulhos, SP, tel. 6431-9696, email casaamoraoproximo@hotmail.com.


O "Projeto Paddy's Blues"
– O "Projeto Paddy's Blues" apresenta sempre shows com nossos melhores músicos de blues em atividade no País. O projeto, que teve início há pouco menos de um ano, tem sempre apresentações às quintas-feiras.

O projeto tem três grupos "residentes" – Dadá Cyrino & Youngster's Blues, Paulo Meyer & The Burning Bush e Ricardo Côrte Real & Banda Côrte Legal. Essas três bandas se apresentam alternadamente, a cada semana, uma vez por mês. Nas outras quintas do mês os shows são de bandas convidadas.

E sempre, sempre!, os shows são seguidos de incríveis blue jam sessions, comandadas por Ricardo Côrte Real (o "síndico da casa do blues"), com um timaço de convidados .
Serviço

"Blues por Amor ao Próximo - Krocfest Blues IV"Show beneficente em prol da Casa Amor ao Próximo

Quem: os principais nomes do blues de São Paulo

Quando: 5 de Junho de 2008, quinta-feira, a partir das 22 horas

Quanto: três quilos de alimentos não-perecíveis (exceto açúcar e sal); todo o volume arrecadado será integralmente doado para a Casa Amor ao Próximo.

Onde: Paddy's Pub, avenida Luís Dumont Villares 655, tel. 2977-9226, http://www.paddyspub.com.br/. A casa tem 700 lugares e manobristas à porta.


Músicos confirmados

Adriano Grineberg: teclados
Amleto Barboni: guitarra
André Christovam: guitarra/vocal
André Youssef: teclados
Baby Labarba: gaita/vocal
Big Chico: gaita/vocal
Bruno Sant'Anna: vocal
Cláudio Camargo: guitarra
Dadá Cyrino: vocal
Ed Blues: vocal
Éverson Mira: baixo
Fábio Pagotto: baixo
Igor Prado: guitarra/vocal
Lincoln Mugarte: guitarra
Marcos Ottaviano: guitarra
Melk Rocha: gaita
Norba Zamboni: guitarra
Paulinho Sorriso: bateria
Paulo Meyer: vocal/gaita
Ricardo Côrte Real: guitarra/vocal/apresentador
Robson Fernandes: gaita/vocal
Rui Bueno: vocal
Vasco Faé: vocal/guitarra/gaita

quarta-feira, 28 de maio de 2008

Nosso Blues Nossas Bandas com El Mocambo

Nas minhas pesquisas pelo blues nacional, recebi uma ótima indicação de uma fotógrafa de recife, a Ludmila Fernandes, que é uma pessoa apaixonada pelo estilo.

Ela me indicou uma banda que faz o Blues acontecer no Recife, a El Mocambo, que está aqui representada pelo grande Rodrigo Morcego.

Chega de papo e vamos aos fatos.

TB: Conte um pouco da historia da Banda. Quem são os integrantes e como cada um entrou para a Banda?

EM:
"A banda teve inicio como proposta de formato em trio, minimalizando e concentrando a energia unicamente nos três integrantes, além da fácil administração que proporciona . Em meados do ano de 2003, estava muito envolvido com a cena de blues daqui , e desejando colocar pra frente um projeto que me oferecesse a liberdade de expressar o blues como enxergo, sendo assim , após algumas jam sessions chamei Gilson 'biu' Jr. pra assumir o baixo, logo depois entrou Jô pinto pra bateria e o formato estava completo. Recentemente Gilson se retirou do projeto e contamos agora com Thiago 'pequeno' Correia."

TB: É fácil manter uma Banda de Blues em Recife? Quais as maiores dificuldades?

EM: "Imagino que abraçar essa causa não seja nada fácil, e que os percalços sejam comuns em todo país, sabendo que há um anacronismo em relação ao estilo como gênero musical transposto, elas, provavelmente, se intensificam. Posso colocar a falta de informação entre os fatores principais a formação de um público de blues como um fator peculiar em pernambuco, além da forte cultura tradicional local, impedindo uma melhor barganha nos veículos de comunicação."
TB: A banda tem CD gravado? Quais os planos para o futuro?
EM: "Temos alguns registros , mas nada oficial, nosso disco autoral tem previsão de lançamento pra julho, mas não é um disco estrito de blues, tem letras em português, além de uma pegada mais rock em várias faixas. As perspectivas se concentram no seu lançamento , divulgação e nos trâmites que envolvem, como viagens e ingresso nos festivais ligados ao gênero pelo país."



TB: Muito obrigado pela colaboração de vocês. Deixo aqui este espaço para seus comentários finais.

EM: "A possibilidade de encurtar caminhos é talvez, o melhor recurso da internet, percebe-se o tamanho da batalha a percorrer, ela até aumenta(rs), mas nos conforta em dividir esse fardo satisfatório nos unindo e proporcionando novos horizontes em algo tão específico aqui no brasil e tão rotineiramente popular no cotidiano dos que 'vivem' o blues na verdadeira América negra. Agradeço muito a atenção de roberto , e imagino as dificuldades que percorre assumindo esta louvável postura de amante e divulgador do blues. Espero poder nos encontrar nos bares da vida!"

Veja:
- Comunidade no Orkut

Fotos: Ludmila Fernandes

terça-feira, 20 de maio de 2008

Vídeo da Semana

Aqui o Dr. César Ramos fafendo um som maravilhoso de outro mestre Ricardo Vignini, os dois já entrevistados no blog.





Zanata & Blues Trio - Mandinga Vencida
Gravação dia 17 de maio na SALA "PARATODOS" Praia de SÃO FRANCISCO, NITERÓI, RJ.




ZANATA & Blues Trio
Show na sala "PARATODOS", em São Francisco, Niterói, RJ, no último dia 17 de Maio de 2008.

TEMA: MULHER ESPINGARDA

(Johnny Adriani e Renato Zanata)


segunda-feira, 19 de maio de 2008

HOT SPOT BLUES BAND - Lançamento do cd "Feeling Alright"

HOT SPOT BLUES BAND - Lançamento do cd "Feeling Alright"Artista exclusivo Blues Time Records.

Formado pelos irmãos Gustavo Andrade (guitarra e voz) e Luiz Andrade (bateria) e por Raphael Negromonte (baixo), o trio Hot Spot Blues Band comporta o que há de mais essencial no blues somado às mais diversas referências musicais. Atuando juntos desde 2001 o grupo incorpora influências do rock, jazz, soul, funk, da música latina e brasileira. Os irmãos Gustavo e Luiz Andrade já vem de uma longa estória com o blues e já dividiram o palco com músicos de renome, como Pepeu Gomes, Claudio Venturini, Andre Christovam, Blues Etílicos, Celso Blues Boy, Big Gilson entre outros. Com passagens por eventos como a "Mostra de Cinema 2006" (Tiradentes-MG), o "Bikefest 2006" (Tiradentes-MG), o "Ilha Blues Festival 2008" (Ilha Comprida-SP) entre muitos outros eventos, a Hot Spot Blues Band também foi considerada a melhor banda de blues de Minas Gerais pela revista "Blues n' Jazz" em 2002 e pelo jornal "Estado De Minas" em 2008.

No álbum de estréia da banda, intitulado "Feeling Alright", o trio mineiro mostra todo seu groove, experiência e talento em arranjos modernos para clássicos do blues-soul. O cd é uma comemoração da bela trajetória da banda e também do projeto criado por Gustavo Andrade, o "Minas Blues Jam", que já contou com todos os nomes que participaram no cd. "Feeling Alright", que sai pelo selo "Blues Time Records", ainda conta com a participação especial dos cariocas Big Joe Manfra (guitarra) e Jefferson Gonçalves (gaita), do paulista Robson Fernandes (gaita), e do mineiro Leandro Ferrari (gaita) entre outros.

quarta-feira, 14 de maio de 2008

Prêmio "Esse Blog Tem o Seu Estilo de Ser"

Acabo de ser presentiado com o Prêmio "Esse Blog Tem o Seu Estilo de Ser", que recebi do meu colega de Blogs, Helio Jenné, que é o responsável pelo blog Um Lobo na Estrada do Rock.

Só tenho que agradecer todas as pessoas que fazem parte da história do Blog, e claro ao Helio, por te lembrado do meu trabalho.

E para concluir esta homenagem, quero indicar um Blog que é referencia para os amantes de Blues, o Blues Masters.

Muita Paz e muito Blues.

segunda-feira, 12 de maio de 2008

Senhores das Teclas com Mateus Schanoski

Hoje iniciamos uma nova série de entrevistas, vamos falar dos mestres que fazem o blues ganhar um molho que só eles sabem fazer, os Pianistas e Tecladistas.

Para começar esta série, trago um músico gabaritado, que saiu do Erudito e veio parar no Blues, Mateus Schanoski.

O Mateus é um músico muito competente e que possui frases e idéias fantásticas, por este motivo está aqui inaugurando este espaço.


TB: Como você saiu do Piano Erudito e foi cair no Blues?

MS: "Comecei a estudar Piano aos 9 anos e nem conhecia Blues direito. Com 13 já tinha uma Banda de Garagem que tocava Rock Nacional e já dava aulas de piano. Aos 18 já estava na “night” tocando profissionalmente. Tudo na minha vida aconteceu naturalmente, quando percebi, já estava na Cena Blues de Sampa tocando em várias Bandas."

TB: Sei que você tem uma grande experiência musical, mas qual a diferença de se tocar Erudito e “Popular” ? São escolas muito diferentes?

MS: "São. Nunca quis ser um concertista. Estudava Piano Erudito porque gostava de Música Clássica e não existia Escola de Blues ou Rock. Então estudei uns anos de guitarra e passava para o Piano os “licks” de guitarra e comecei assim. Só depois dos 20 anos que comecei a Estudar Teclado e Piano Popular porque tinha sede de aprender e conhecer o Jazz. Mas o Piano Erudito é uma boa base pra qualquer Pianista."

TB: Qual a diferença de tocar Piano e Teclado? Qual você prefere?

MS: "Sou um cara completamente DOIDO por qualquer tipo de Teclado! Não gosto de rótulos. A do Rock me acha muito Blues e os Blueseiros me acham muito Rocker. Gosto de tocar música “boa”, salsa, bossa, jazz, funk, também. Por isso me especializei em todos os tipos de teclados, porque assim posso tocar qualquer estilo e compreender qualquer linguagem musical. No mundo das teclas existem muitos instrumentos diferentes, para o Blues: Piano Acústico, Piano Elétrico, Órgão e clavinete, são instrumentos diferentes, com técnicas diversas, é preciso compreende-los para passa p/ um teclado. O PIANO é o soberano!"


TB: Não temos muitos pianistas de Blues no Brasil, você acha que existe algum motivo?

MS: "Vou ser sincero. O Blues no Brasil era muito consumido no fim dos anos 80 e início dos 90. Todos gostavam de Blues mesmo que não conhecesse. Havia muitas casas de Blues no Brasil e o Blues era aceito em qualquer casa noturna, bar, restaurante. Havia muitos festivais de Blues & Jazz. Rolava Blues nas Rádios! Lembro que fazia Shows de Blues todos os dias da semana.

Existiam muito mais Bandas de Blues do que hoje. Parece que o ouvinte foi ficando mais “burro”, menos interessado em música boa, devido a avalanche de música ruim na Mídia em geral. Esse mercado foi morrendo aos poucos. Acredito que uma parcela de culpa foi NOSSA também, porque não nos unimos para que isso não acontecesse. O pessoal do reggae é muito mais unido, e hoje este estilo é um dos mais consumidos no Brasil. As coisas começaram a melhorar neste século, mas ainda não ta melhor. Poucas bandas e músicos sobreviveram a essa crise. Isso tudo reflete no Instrumentista, no Tecladista de Blues precisamente! O teclado é pouco conhecido no Brasil e ainda não é popular como a guitarra e a gaita. Mas existe um Mercado muito bom para tecladista de Blues que também conseguem trabalhar em outros estilos. Fiz uma matéria sobre TECLADISTAS de BLUES do BRASIL que sairá na Revista Teclado & Piano em maio. Tô tentando fazer a minha parte como você está fazendo."

TB: Quais são seus projetos musicais? Com quem você está tocando?

MS: "Sou coordenador pedagógico e professor da Legends Escola de Música e desenvolvi os Cursos de TECLADO ROCK e PIANO BLUES. Estou preparando uma Vídeo Aula sobre esses cursos. Tenho um Home Studio onde faço Pré produções, Trilhas, arranjos, etc. Toco na Black Crovers (Black Crowes Cover) e com o Paulo Meyer & the Burning Bush e estamos preparando nosso primeiro DVD que sairá este semestre ainda e o novo CD para o segundo semestre com a formação atual."

TB: Mateus, é um grande prazer ter você no Blog. Deixo aqui um espaço para seus comentários finais.

MS: "Quero agradecer Você pela iniciativa, Paulo Meyer e Paulo Resende que me ensinaram o “Blues de Verdade”, aos meus fieis amigos: Alexandre Spiga e Caio Góes pela dedicação com a Burning Bush. A cada show que fazemos é mais divertido e prazeroso. Aos meus alunos e Amigos/Professores da Legends que fazem um trabalho incrível com os Jovens. A Família Schanoski, Seu Domingos, Dna Carminha, Drika, Ale e Tatá por me apoiarem o tempo todo.
BLUSEIROS, Vamos nos UNIR!"






Mais:
- Site

quinta-feira, 8 de maio de 2008

Vídeo da Semana -

4 Hands blues - Johaine Droppa and Renata Iwamoto




Mauricio Sahady no Jô Soares


segunda-feira, 5 de maio de 2008

Vozes do Blues com Anna Carla

Anna Carla é uma bluseira carioca que domina a voz como poucos e escreve letras em português como poucos.

Ela tem uma qualidade musical indiscutível e é uma pessoa muito divertida, como vocês vão notar na entrevista. Então vamos a diversão.

TB: Como você foi parar no Blues?

AC: "Eu não tô parada nada!!! AHAHAH To a todo o vapor, isso sim!!! rsss

Olha, Terremoto, na minha vida tudo sempre foi, e eu espero que continue acontecendo assim, uma questão de não deixar as oportunidades passarem... Eu tenho certas escolhas que independem de oportunidades, claro, e elas ficam como potenciais se eu não consigo, ou não posso, conquistar na hora. O blues entrou na minha vida meio assim.

Eu sempre gostei de musica boa, e adorava ouvir a radio fluminense (radio rock do Rio nos anos 80), que sempre tocava clássicos do blues. E desde essa época, ficou marcadinho que um dia eu ia procurar o estilo mais a fundo. Alguns anos depois, eu morei em Illinois (EUA) e fui parar, quase por acaso, no festival de blues de Chicago alimentando essa vontade. Mas não era a hora ainda. Eu tava bem envolvida com outros projetos profissionais e não podia me dar ao luxo de fazer nada alem de ouvir e assistir a ótimos shows. Isso foi piorando, cada vez mais eu era espectadora querendo estar no palco. Daí, mudei de vida profissional de forma que eu pudesse estar sempre na mesma cidade e ter um horário de trabalho mais regular, o que me deu possibilidade de dedicação novamente à musica. Eu voltei a cantar e montei um trabalho pop-rock (pois é, eu e a torcida do Flamengo, ergh). Foi aí que (finalmente, leitor, finalmente) encontrei um bando de músicos loucos que me chamaram pra uma Jam de blues. Malditos!!!! Tudo culpa do Marcos Zeve (banda Deaf Dogs) que me chamou pra ir no estúdio participar de uma Jam!!!! Assistir àquela viagem musical me fez ficar viciada em blues! Um tempo depois, encontrei o Mauricio Fernandes no meio blueseiro, e agora nem que eu quisesse ficar longe do blues eu conseguiria! Mas parada? Parada não!!!! Nem dá! rss."

TB: Além de uma excelente vocalista, você é uma ótima compositora e o que é mais bacana é que você escreve suas letras em português. Qual é seu processo de composição?

AC: "Leitores, eu juro que não rolou um jabá! Terremoto... Menos... Bom, em relação ao vocal, é uma busca permanente. Eu estou sempre insatisfeita com minha voz e sempre tentando melhorar, e eu acho q isso, de uma certa forma, dá certo. Eu tenho aprendido muito com o blues porque é um estilo que envolve e, ao mesmo tempo, exige que você esteja relaxada e tranqüila pra alcançar bons resultados. Isso me permitiu compor. Você tem idéia de quantas letras eu já rasguei????

Como escorpiniana, sou 8 e 80: eu ficava deprê e escrevia uma letra mega-ultra-giga melancólica e no dia seguinte rasgava, porque eu achava super clichê. Na outra semana, eu me achava mais intelectual e escrevia uma letra super “cabeça”. Bobagem! Eu rasgava de novo porque eu achava clichê também. Hoje eu me permito estar mais relaxada e exigir menos, com isso, tem saído letras que eu não me arrependo de entregar pra banda musicar. Estranho, mas esse mecanismo eu aprendi com o blues. O simples pode ser muito melhor. Pode ser um simples que funciona e que mostra nossa alma. E a nossa alma não é banal! Isso é blues. E pra ser verdadeiro em mim, tem que ser em português."

TB: Qual sua visão do blues brasileiro?

AC: "O blues brasileiro tem dois lados, na minha opinião. Um lado de união, de bandas ou músicos que se apóiam. Uma relação de cumplicidade que não tem como dar errado. Cada um tem a sua estrada, sua historia, e não tem como apagar ou construir de um dia pro outro. Quem troca essas experiências sem medo da estrela do outro, só tem a ganhar. E isso tem muito no blues. Ou pelo menos, quem não tem, acaba ficando isolado por ai.

Mas tem o outro lado que, quando aparece, é super perigoso. Achar que o blues deve ser ouvido por quem “entende de blues”. Ou tocado por “quem entende de blues”. E ainda tem quem diga que é estilo musical elitista. Poxa, vida. Elitista???? Os caras que criaram o blues sofriam pra burro na vida, não recebiam educação formal e levavam a platéia a uma interação que envolvia e conquistava. Era popular mesmo, no sentido literal da palavra. Musica do povo. Musica do povo da época. Eles tinham que se virar nos 30 pra agradar e com isso ganhar algum. Será que é isso que o mercado de blues no Brasil acha que é blues? Eu não espero, nem quero, que nenhum musico de blues tenha que sofrer e passar por nada disso pra ser blueseiro. Seria uma distorção achar que essa é a conclusão que eu quero chegar.... O que eu tenho muita duvida é se o blues brasileiro quer ser ouvido mesmo ou se quer se passar por “purista”. Eu admiro trabalhos como o do Jefferson (Gonçalves). Ele faz um trabalho que se orgulha e que curte fazer, mas que apresenta elementos que cativam o ouvinte. O que, na minha opinião, é popular. É popular porque agrada a quem “conhece o blues” e a quem gosta de música e pode não precisa “saber” o que é blues pra gostar. Você sabe, que tem muito guitarrista, que se diz de blues, que se obrigam a fazer a toda musica um ‘belo solo de guitarra’. O “Belo” é questionável, mas pra mim, na musica, o “Belo” é o que arrepia a espinha, ou que te tira da cadeira, ou que te tira uma lagrima. }

É o que te conecta com o publico, com o povo. E isso pode até não acontecer sempre... Tem gente que insiste em encontrar esse ponto mesmo quando não dá, e com isso cansa a platéia. Blues é, na sua concepção, popular. Tem que agradar ao publico. Claro, com seu estilo, sua personalidade, mas conectados com o publico. Sentindo o que o publico sente. Eu acredito que enquanto não se acreditar nisso, e claro investir em divulgação (porque ninguém sai de casa em uma cidade perigosa como as nossas se não souber o que tem e aonde), o público do blues vão ser apenas os músicos “de blues”. "

TB: Como você vê o crescimento da participação das mulheres no blues?

AC: "Não vejo motivo para haver diferenças entre participação das mulheres e homens no blues. E como o blues tem se expandido, é natural o crescimento da participação delas (de nós) no estilo, o que talvez fosse restrito antigamente. Hoje não pode ter isso. Eu admiro mulheres como a Susan Tedeschi, Katie Webster, Diana Krall e Norah Jones que cantam e tocam blues. O que eu particularmente adoraria, mas não tenho esta aptidão de unir o piano (que foi o primeiro instrumento) com a voz.

Aqui no Brasil, eu não tenho visto a participação das mulheres no blues em outros instrumentos que não a voz. O que é uma pena. Talvez porque as primeiras vozes do blues eram cantoras, fique a impressão que as mulheres no blues “deveriam” cantar. Me recuso a pensar assim, ne? Eu canto porque gosto, e gosto de blues. Mas gostaria de ver no mercado nacional mulheres gaitistas, guitarristas, baixistas ou bateristas no blues. Alias, uma banda só de mulheres, como tem no pop-rock, seria um hiper diferencial! E principalmente, com uma vocalista que não queira reproduzir o som das cantoras de blues do século passado, e sim ter o seu próprio timbre! Isso me atrai nas cantoras em geral."

TB: Quais são seus projetos? Você pensa em gravar um trabalho próprio?

AC: "Terremoto, quando eu gravei este EP (que está disponível no palco mp3 e no myspace) a minha idéia era gravar um trabalho próprio. Mas isso tem que vir naturalmente. Eu achei que não era a hora. Não ia ser natural. Eu ainda estou num momento “banda”. Não sei se esse momento passa logo, ou não. Mas eu não me sinto ainda colocando um trabalho na estrada com o meu nome. Mas pode acontecer. Meus projetos? Hoje meu projeto musical é descobrir na Bandanna Blues o som próprio que está se construindo. Estou estimulando os componentes a trazerem sua bagagem eclética pro som do blues. Isso ta ficando bem interessante. Espero que em breve possamos apresentar o resultado dessa formula doida aí. E que ele fique bom! Ah, e popular. E blues. Ahahah "

TB: Anna, muito obrigado por sua participação. Deixo aqui um espaço para seus comentários finais.

AC: "Você foi muito louco de me chamar! Eu que agradeço a oportunidade de falar (tanta bobagem) em publico!!! E eu acredito nessas bobagens, esse é o problema! J Agradeço aos amigos que estão nessa estrada conosco. Vocês de São Paulo que fazem essa troca super interessante conosco: A Black Coffee que abriu esse canal RJ-SP conosco e o Blues com Z que promove uma conexão legal do blues brasileiro no Chat. Aos blueseiros cariocas: especialmente ao Leo Ventura da banda Destilaria, ao Paulo e a Denise, que movimentam o centro da cidade com a Banca do Blues, e as bandas de blues que se apóiam e se ajudam, seja com criticas, com indicação de shows, ou até com um bom papo repassando experiências que já viveram. Cada vez mais isso passa a ser uma constante no nosso meio.

E você leitor, se quiser conhecer um pouco do meu trabalho musical com a Bandanna Blues, está convidado a ir ao nosso site e a ouvir nossas músicas. Muito obrigada pela atenção! Parafraseando a radio blues na veia: “Relaxa, e deixa o blues entrar na sua veia!”."




Veja e escute mais:

terça-feira, 29 de abril de 2008

Cozinha do Blues com Paulo Krüger

Temos aqui um músico de muita qualidade, que passou do altar da igreja até chegar nos palcos do Blues.

Paulo Krüger é o baixista da banda Craker Blues, e veio nos contar um pouco da sua trajetória pela música, além de falar da importância do baixo no Blues.

TB: Sei que você é um baixista competente, pois já assisti vários shows da Cracker Blues, mas o que eu quero saber é, como você fez para chegar até aqui? Como você veio parar no Blues? Qual sua trajetória musical?

PK: "Bem, tudo começou em 1975, quando ganhei um violão “Trovador Giannini nº 1” do meu pai, e daí comecei a estudar música e a tocar na igreja local, naquela época não tínhamos padre Marcelo, mas tínhamos o padre Zezinho (rsrsrs). Na primeira visita do Papa a São Paulo, na missa do Campo de Marte, o menininho da guitarra era eu (rsrsrs).

O tempo foi passando e comecei a acompanhar o Coral Eucarístico Comunicação de São Paulo. Era um coral-show, que se apresentava em várias capitais. Foi uma época muito importante para mim, imagine uma criança com 12 anos de idade pegando guitarra, ampli, enfiando num buzão, recebendo cachê e indo fazer show pelo interior. Com o passar do tempo alguns membros do coral formaram uma banda de música tradicional italiana que se chamaria Cannori D’ Itália Show. Esta, acabou se transformando em uma banda de baile, pois fazíamos seleções de boleros, sambas, românticas, carnaval, etc. Também fizemos muitos shows junto com a orquestra do saudoso maestro Agostinho Záccaro (o italianíssimo).

Paralelamente às festas italianas e aos bailes, sempre tive minhas bandas de rock, e foram várias: Contra Mão, Urânio 235, Conexão Brás, Zuruó e Banda Função e talvez a principal delas a Tio Krüger, banda que durou quase 10 anos no underground com o desafio de fazer rock em português.

Há um ano e meio atrás fui convidado a integrar a Cracker Blues e estou muito feliz por ter entrado na família do Blues."

TB: Na sua opinião, qual é a importância de um baixista no blues?

PK: "Blues é pulsação e o baixo é o responsável por manter esta marcação e dar o suporte harmônico para os demais componentes.

Se a base está precisa e cheia, a música flui e a banda se sente segura.

Portanto, a principal responsabilidade de um baixista em uma banda de blues é a de fazer o meio de campo e a zaga. Um zagueiro pode até fazer um gol de vez em quando, mas a sua função é não deixar a bola passar."

TB: No blues elétrico, o baterista e o baixista são a alma do blues. O que um baixista deve ter para que o som fique perfeito?

PK: "Olha, errar todo mundo erra. Uma nota errada em um solo pode soar desagradável, mas se o solista for habilidoso, consegue consertar e “cair de pé”, com a base, isso é mais complicado. Se um baixista se distrai, começa a pensar na vida, nas dívidas, no pneu careca e na hora de ir pro 5º grau vai para o 4º... ferrou!!! Não tem como disfarçar. Desestabilizou a banda. Concentração é essencial, por mais fácil que possa parecer a linha a ser tocada. Outro detalhe importe é “timbrar” o instrumento. Um som grave e “gordo” soa poderoso, porém os médios e os agudos também merecem atenção senão não conseguimos definir as notas e o som vai ficando enjoativo. "

TB: Quais as dicas que você pode dar aos futuros baixistas?

PK: "Bem, devido à versatilidade do instrumento, acredito que um baixista deve se preocupar em ouvir de tudo, sem preconceitos. É claro que existem estilos com os quais nos identificamos mais, mas é importante “abrir os ouvidos”. Tomar cuidado com a postura ao tocar. Uma postura correta evita tendinites, dores nas costas e proporciona boas execuções. E a última dica que eu daria seria quanto ao instrumento a ao equipamento. Quando comecei a tocar, além de caros, eram raros os instrumentos disponíveis no mercado nacional que possuíam um padrão aceitável de qualidade. Hoje em dia, com R$600,00 você consegue adquirir um contrabaixo razoável com o qual poderá entrar em qualquer “gig” , porém ele tem que estar bem ajustado (braço, ação das cordas, trastos e parte elétrica). Utilizar bons cabos blindados de preferência com malha trançada para evitar interferências e revisar constantemente o amplificador (válvulas bem encaixadas, potenciômetros limpos e alto falantes adequados). "

TB: Krüger, muito obrigado por participar do Blog. Deixo aqui este espaço para seus comentários finais.

PK: "Gostaria de parabenizá-lo pela iniciativa de criar um blog voltado ao blues e é claro, fiquei muito feliz em dar a minha contribuição.

Aproveito este espaço também para agradecer aos meus companheiros da Cracker Blues que têm proporcionado um ambiente muito propício à criatividade e ao experimentalismo e à minha família, em especial à minha esposa Vera e ao meu filho Eric que muito me incentivam a continuar nos caminhos do blues."



Veja mais:
- Cracker Blues

Agenda de Shows Paulo Meyer & The Burning Bush



-Quarta, 30 de abril (véspera de feriado) 23hsRevolution CaféJacareí - SP

-Sexta, 2 de maio as 23hsAnexoSão José dos Campos - SPhttp://www.anexo.com.br/

-Quinta, 8 de maio as 22hsPADDY'S PUBAv. Luís Dumont Villares 655[AO LADO DO SESC SANTANA]Nome na lista ou dúvidas: tel. 2977-9226http://www.paddyspub.com.br/

-Sexta, 9 de maio as 21hsSítio IrerêCaçapava - SP

-Sábado, 10 de maio as 18hsEncontro de Motociclistas
Dragões de TaubatéTaubaté - SP

-Show, gravação do DVD:Sexta, 16 de maio as 23hsMutleyRua Jacques Felix, 297 - Centro - Taubaté/SPFone: (12) 3632.5540http://www.mutley.com.br/
Galera de Paraty e outras cidades, não se desesperem! O DVD terá imagens extras de vários Shows da Banda.Convites VIPs e Camisetas p/ fãs de outras cidades.QUEREMOS TODOS PRESENTES! O DVD ficará ainda melhor com a sua participação.

Paulo Meyer
&
The Burning Bush
Blues & Classic Rock


http://www.paulomeyer.com/

quinta-feira, 24 de abril de 2008

Cozinha do Blues com Mustache Maia

Com um longo caminho percorrido pelas estradas do Blues, Mustache Maia nos conta um pouco do seu trabalho e como é complicado ser vocalista e baixista.

Além de ser um vocalista e baixista muito competente, este bluesman de Florianópolis é um excelente compositor, e usa o português para escrever suas letras.

TB: Suas letras em português são bem elaboradas, qual é o seu processo de composição? Onde você busca inspiração para compor?

MM: "Bom Roberto, eu me inspiro na minha vida mesmo (50 % é verdade e 50% é fantasia – minha mulher já disse, se nos separar-mos um dia ela vai me processar), acho que todo o bluseiro faz assim, conta as suas histórias. As letras acabam saindo naturalmente quando tem um tema a ser falado."

TB: No Brasil são raros os baixistas que fazem o vocal na Banda. Como é ser baixista e vocalista ao mesmo tempo? Foi difícil se adaptar nessas duas funções?

MM: "Ser baixista e cantor é complicado mesmo, metade do cérebro pensa no baixo e a outra na voz. Demorei uns 6 anos para começar a cantar e tocar, dos 20 anos de carreira só 14 eu faço isso.

Foi difícil sim. Na verdade eu fui obrigado a começar a cantar também quando o cara que cantava na “Blues Band” nos deixou na mão na véspera de 2 shows em Gramado e Canela/RS, aí eu tive que assumir. A muito tempo cantar e tocar é uma coisa só quando subo no palco."

TB: Você está preparando um CD com composições em português. Em que faze está este processo? Tem previsão para o lançamento?

MM: "Sim, estou preparando um Cd e também um DVD coletânea de 20 anos de Blues. O CD está a 2 anos em fase de mixagem, tive alguns problemas financeiros (dois partos em clínicas particulares, eram de risco para os nenês e para minha mulher) mas agora voltei a regravar algumas coisas e mixar o que já estava gravado.

Não tenho uma previsão certa, pretendo lançar no Brasil até 2009 por algum selo do Blues Brasileiro."

TB: Além do CD, quais seus projetos atuais? Com quem você está tocando atualmente?

MM: "Como produtor de blues no sul do Brasil estou tentando conseguir algum patrocínio para fazer uma nova edição do MercoBlues que na sua primeira edição reuniu músicos argentinos e brasileiros e agora na segunda terá uruguaios e chilenos também. Junto com Carlos May (gaitista de Floripa) estou planejando um Tributo à Muddy Waters ainda para este ano. A banda que me acompanha atualmente é composta por Cristiano Ferreira na guitarra, Roberto “Peto” Petracca nos teclados, Wilson Souza ou Acélio Filho na bateria, Fidel Pinero no trompete e Ney Plat no sax, um sexteto, mas também faço show com um power trio em lugares pequenos e toco com músicos das bandas locais onde me apresento. Fica fácil tocar blues com quem sabe. É só pegar um bom baterista e um bom guitarrista que está pronto o time."


TB: Mustache, é sempre uma honra receber músico que tem seu trabalho em português. Deixo aqui este espaço para seus comentários finais.

MM: "Devo muito o apoio de músicos que gravaram em São Paulo comigo, como o baterista Paulinho Sorriso e o guitarrista Fábio Siri da banda Entidade Joe, o guitarrista Renato “Nana” Maran da 34 Blues Band de Poços de Caldas, meus amigos Luis Carlini, Danny Vincent e principalmente Sérgio Duarte, grande gaitista do blues brasileiro e produtor musical do Cd e também ao técnico de som americano Todd Murphy.

Em Florianópolis tem excelentes músicos para tocar blues mas é muito difícil tocar e produzir Blues aqui, já trouxe pra cá Danny Vincent, Sérgio Duarte, Maurício Sahady, Fábio Siri e Adrián Flores cantor e baterista argentino com quem fiz a primeira edição do MercoBlues.

Pretendo fazer um super festival que reúna os bluseiros brasileiros que compõem em português. Tem um monte de trabalho bom pelo Brasil.

Compor em português e batalhar para popularizar o blues no Brasil é uma bandeira que carrego."


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